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  • ERICKA FERNANDA

FUNDAMENTOS – CONHECENDO A DANÇA DO VENTRE

PESQUISA REALZIADA POR: ERICKA FERNANDA VENCESLAU FIGUEIREDO, DO MODULO 3 FUNDAMETOS – CONHECENDO DANÇA DO VENTRE, DO CURSO DE

FORMAÇÃO E CAPICITAÇÃO EM DANÇA DO VENTRE. OFERECIDO POR FIDES

(CENTRO DE CULTURA LASER E SAUDE, SOB COORDENAÇÃO DE PRISCILA GENARO.


INTRODUÇÃO

“A dança do ventre é uma expressão poética do corpo cheia de gestos e

significados. É uma celebração a feminilidade, fertilidade e ate religiosa.

O que se conhece por dança do ventre hoje em dia, no mundo ocidental, é a

dança árabe (Oriente Médio e Norte da África) miscigenada e influenciada por

várias outras culturas, compilada em seus movimentos mais populares,

adicionada de um breve ocidentalíssimo (véus, meia-ponta), muito bem vestida

com lantejoulas e franjas e transformada em espetáculo.



FUNDAMENTOS – CONHECENDO A DANÇA DO VENTRE

A história da dança do ventre é tão antiga quanto a história do homem, ou melhor, da

mulher. É a primeira dança feminina de que se tem registro. Enquanto as outras

danças eram executadas pelos homens e claramente ligadas à sobrevivência (chuva,

caça, etc), desenhos em cavernas de mulheres dançando, mostram-nas com ventre

em evidência.

Os movimentos de contração, ondulação e vibração foram desenvolvidos pelas

mulheres e para as mulheres em função de aliviar dores menstruais e preparar os

músculos para a sustentação da gestação e o trabalho de parto, também como um

culto à Grande Deusa (natureza) em prol da fertilidade - do ventre e da terra.

Do norte da Índia, originam-se os ciganos que, como nômades, espalharam-se pelo

mundo levando consigo sua cultura e modo de vida. Avançaram cada vez mais em

direção ao ocidente, passando pela Pérsia, Mesopotâmia, Turquia, Norte da África,

chegando ao sul da Europa.

Usavam seus dotes artísticos como forma de sobrevivência, cantando e dançando em

feiras; sua cultura e estilo iam se misturando e aos costumes locais e novas

manifestações, resultado dessas miscigenações, foram surgindo.

A dança que chegou ao conhecimento ocidental foi através do contato com povos

como os Gawazee - ciganos provenientes do norte da Índia - que se instalaram no

Cairo e os Ouled Nail que habitam a Argélia.

Os Gawazee mantiveram-se a parte da sociedade e preservaram suas tradições e

história de forma oral através de uma língua própria e única. Sua dança, viva até hoje,

é caracterizada por contínua vibração dos quadris.

Os Ouled Nail se mantiveram confinados em suas tribos. As mulheres saiam delas

apenas para dançarem nos centros urbanos. Em sua vestimenta carregavam o

dinheiro obtido com a dança: enormes coroas e cintos com moedas, jóias, pedrarias,

correntes e pingentes. Muitos símbolos identificados como vindos de Fenícia, Cartago

e Babilônia.

Sua dança inclui rolamentos dos músculos abdominais que começam lentos e pouco a

pouco vão se acelerando e acrescentando movimentos de pés, quadris, braços e

ombros.

Quando os ocidentais chegaram ao Cairo (final do séc. IXX) em busca de safáris e

tesouros ficaram extasiados com o exotismo da dança e suas dançarinas. Elas, por

sua vez, trataram de adaptar a dança e as vestimentas ao gosto ocidental e trocaram

a rua pelos clubes noturnos e cassinos. Algumas dançarinas foram levadas à Europa e

Estados Unidos aonde puderam refinar sua dança e sua vestimenta.

Em contato com o balé clássico e contemporâneo, incorporaram braços delicados, pés

na meia-ponta ou em saltos, véus esvoaçantes e roupas de duas peças cheia de

brilhos e franjas.



Transformada assim em espetáculo, a dança do ventre pode ganhar os grandes

teatros, casas de show e telas do cinema.

Apesar das antipatias ao termo "dança do ventre" - que muitos julgam pejorativo, eu,

particularmente, não o considero impróprio, pois ao meu ver, a dança é sim do ventre

em todos os sentidos: fisicamente, já que se baseia na movimentação rotatória,

ondulatória, vibratória e de impacto do tronco e dos quadris o que movimenta

intensamente todo o abdômen, além dos próprios movimentos de abdômen; e histórica

e simbolicamente já que a dança é a representação da fertilidade e do nascimento.

Mas, afinal de contas, o que é a dança do ventre? O único e verdadeiro significado

desta dança, é o poder de criação incutido nela, a fertilidade, a gestação, a

maternidade. Ela é dançada pelas mulheres árabes durante o trabalho de parto - tanto

pela parturiente que repete os movimentos de contração e vibração de abdômen,

como pelas outras mulheres que, junto com a parteira, assistem o parto formando um

círculo em volta da futura mamãe, dançando e cantando uma ladainha para purificar o

ambiente e estreitar o contato com o divino.

Este ritual é executado tanto nos países do Oriente Médio como nos africanos até os

dias de hoje.

Uma dança mais festiva e alegre é dançada quando uma menina menstrua, quando se

sabe da gravidez de uma mulher, no batizado das crianças, enfim, tudo que for ligado

à criação de uma nova vida.

Ocasiões festivas como casamentos, colheitas, aniversários, festas religiosas,

bênçãos, curas, afazeres do dia-a-dia, enfim, tudo que faz parte da vida é

comemorado com música e dança por esse povo, cada região, cada tribo, com suas

tradições e particularidades, mas sempre honorando à vida.

Como é a Dança do Ventre

A Dança do Ventre consiste em alguns movimentos de vibrações, impacto,

ondulações e rotações que envolvem todo o corpo.

O shimmy (vibração) de quadris é o movimento mais conhecido, mas, na

realidade, o fundamento da dança do ventre é o controle abdominal e o

isolamento das partes do corpo.

Uma vez que se atinge estes dois princípios básicos, os movimentos acima

citados estendem-se às outras partes do corpo: quadris, torso, ombros, braços,

cabeça e pescoço isolados ou em diversas combinações.

Uma dança do ventre tradicional inclui movimentos lateralizados e retos de

pescoço, quadris e torso, ondulações de braços e mãos, tremidas suaves e

rápidas de ombros, seios e quadris, movimentos circulares do torso com caídas

e acentuações emendadas com ondulações de peito e abdômen. Movimentos


vibratórios de extensão e contração dos músculos abdominais isolados ou

combinados com os pélvicos. As figuras "círculo" (início da vida) e "oito"

(infinidade da vida) são amplamente usadas em diversas dimensões, também

isoladas ou em combinações.

Não raro a bailarina sustenta o shimmy de quadris e trabalha as outras partes

do corpo em uma dinâmica diferente, ou apresenta uma vibração generalizada

e bem controlada de todo o corpo enquanto cabeça, mãos e quadris

acompanham a dramaticidade e acentuações da música.

Além de todos os movimentos básicos, a dança deve aflorar e ser acrescida de

giros, cambrées, espirais, trabalho de chão. Apesar do nome dança do ventre,

podemos chamá-la de Dança do Corpo, pois movimenta todo o corpo por

dentro e por fora. As pernas e pés, são usados, entretanto apenas para a

sustentação e o deslocamento da bailarina, sem ênfase em seus movimentos

como se a bailarina fosse uma serpente.

Beneficios Físicos:


- Preparação para ao parto;

- Recuperação do tônus muscular pós -parto;

- Combate a problemas relacionados ao abdômen como: TPM, cólicas,

constipação intestinal e dores renais;

- Alongamento geral do corpo sem riscos de lesões, distensões ou contraturas

(obviamente, através de exercícios bem administrados);

- Tonificação da musculatura de forma gradual e "de dentro para fora";

- Fortalecimento dos órgãos localizados no abdômen, tornando -os mais

eficientes e ativos;

- Postura correta e confortável;

- Equilíbrio e energização;

- Respiração correta;

- Auxílio em dietas de perda e ganho de peso;


Psicológicos/emocionais/sociais:

- Resgatar da auto -estima

- Aprender a se sensualizar sem se vulgarizar.

- Perceber os valores ligados ao ser humano e a natureza e não à aparência;

- Despertar interesse por música, ritmos e cultura orientais;

- Proporcionar o relaxamento mental/ diversão;

- Promover a boa convivência com amigos, colegas e familiares;

- Incentivar a boa convivência com a natureza;

- Conscientizar sobre a responsabilidade social de cada mulher (como

educadoras da nova geração).



Conclusão:

No oriente a dança do ventre ocorre espontaneamente , pois e a cultura passada de avos ,

mães para filhos e netos, como o samba aqui no brasil, pois estão ligadas as suas raízes,

portanto tanto como professor e aluna , ainda temos muito que aprender e estudar sobre o

assunto tendo em vista a vasta cultura , a história antiga e repleta de ligações com diferente

povos, para que possamos transmitir algo mais fiel sobre a cultura da Dança do Ventre, para

isso e necessário compreender todo um processo histórico, político, econômico e social.

Como também muitas pessoas não conhecem todos os benefícios da dança do ventre, ainda

os dias de hoje a mulheres que pensam que a dança do ventre e algo vulgar que serve

apenas para distrair os homens, e ah até aquelas que afirmar que a dança do ventre da

barriga

Tamanha a ignorância das pessoas.





Bibliografia;

Matéria do curso de formação em dança do ventre do Fides,



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https://priscilagenaro.com.br/formacao






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