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  • Inara Lontra

RAQS EL KAWLIYA

Pesquisa realizada por Naara Alimah do

Módulo fundamentos do Curso de Formação

e Capacitação em Dança do Ventre oferecido

por FIDES Centro de Cultura Lazer e Saúde

sob coordenação de Priscila Genaro

Nova Friburgo-RJ, 28 de novembro de 2022


Introdução

Este trabalho trata-se da dança cigana iraquiana “Raqs el Kawliya”, que

faz parte da dança do ventre na parte folclórica, nesta pesquisa terá um

pouco de história, música, figurinos, acessórios e descrição dos movimentos

comuns da dança. A escolha deste tema foi devida minha curiosidade de ter

visto pela primeira vez a pouco tempo em um post do Instagram, nunca tinha

ouvido falar nada sobre e achei interessante reunir tudo o que eu tinha como

dúvida neste trabalho que foi feito através de pesquisa na internet em site e

vídeos no YouTube.


Como Surgiu?

Raqs El Kawliya é um estilo de dança cigana do Iraque que também faz

parte do folclore Árabe dentro da dança do ventre, que pode ser chamado

de Ghajar ou Ghagar. Kaliya é o nome dado ao grupo étnico de ciganos,

portanto, raqs el kaliya significa “dança dos ciganos”.

Não há origem certa desta dança, porém uma bailarina Iraquiana tem

feito um trabalho de representação desta, é a Assala Ibrahim, ela diz que “A

dança remete a tempos mesopotâmicos, com rituais de fertilidade voltados para

as deusas Ishtar e Inana”. Esse povo chegou ao Iraque por meio da imigração.

Os ciganos kawliya eram muito marginalizados, não tinham direito a

terras, além de sofrerem muito preconceito e perseguição, o termo “kawliya”

é pejorativo por isso é aconselhável sempre dizer “raqs el kawliya” ao

mencionar essa dança. No período de Saddam Hussein, por gostar e

defender essa arte, os Kawliya começaram a melhorar de vida, as crianças

começaram a estudar, e o povo em si, começou a ter mais espaço na mídia.

Entre os anos 90 e até os anos 2000 foi comum aparecem em programas de

TV, novelas, em eventos culturais e até foi criado bairros para eles morarem,

saíram de uma situação marginalizada e passam a viver como celebridade.

Com a queda do Saddam Hussein e a invasão estadunidense os

Kawliya também caíram, começaram a sofrer perseguições políticas, os

vilarejos são destruídos, são forçados a viver no nomadismo, em meados de

2003 alguns foram para Síria, outros para Turquia e em meados de 2010,

acontece o conflito político da região da Síria, que são obrigados novamente

a saírem daquela região, muitos refugiados saíram da Síria e foram para

Europa até chegarem no continente americano.


Como é dançado?

Raqs el kawliya foi apelidada pelos brasileiros como khalegee

iraquiano pela semelhança de alguns passos, mas este não é um termo

correto a ser usado, como dito anteriormente o correto ao se referir a essa

dança é “raqs el kawliya”

Nesse folclore se faz presente o bater dos pés no chão que segundos

eles significam acordar a terra para as colheitas, também há shimmies de

ombro, quadril, giros de cabeças, jogadas de cabelos e estalar de dedos, essa

dança cigana possui elementos de outras danças também como: Choubi e

kashaba que também são iraquianas.


Sobre a Música

A dança kawliya é um estilo, por isso não existe um ritmo definido,

porém é comum aparecer o ritmo “fassani” e em pequenos trechos o ritmo

“Ayub”, é usado também um mini derbak chamado kishba, ele é tocado com

os dedos e tem um som característico de metralhadora, muito comum em

músicas iraquianas.

Acessórios

Neste folclore podem ser usados o punhal que representa poder e

orgulho, e ainda pode representar a raiva e a tristeza da rejeição e

discriminação que vivem até hoje. Pode ser usado também os snjus para

acompanhar o ritmo da música

.

Figurino

No passado eram usados vestidos folclóricos, atualmente usa-se

vestidos longos de festa, com mangas abertas para destacar os braços e a

saia bem rodada para evidenciar os pés. NÃO se usa bata

de khaleege. Homens usam turbantes e vestidos branco

tradicional


Conclusão

Raqs el Kawliya é um folclore pouco mencionado, não tem a mesma

popularidade que o saidi, baladi, maleya laff ou nubia. Seria interessante nós

professores/ instrutores de dança do ventre falarmos mais deste folclore em

nossas aulas. Esta pesquisa me acrescentou bastante, pois em 12 anos de

prática, nunca tinha visto, e me intrigava demais os movimentos feitos com

o punhal e com essa pesquisa aprendi que esses movimentos representam

a tristeza e discriminação sofrida pelo povo kawliya, aprendi a reconhecer a

música e diferenciar da dança khaleege.







Referências

https://youtu.be/2o6iMd-5e-Y Acesso em 27/09/2022 às 21:06

http://marcia-nut.blogspot.com/2016/09/danca-iraquiana-kawliya.html

Acesso em 28/09/2022 às 21:28


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